sexta-feira, 31 de julho de 2009

I am...?

Eu mudei, e sempre vou mudar; e se eu falo como sou hoje, amanhã isso escorre de suas mãos como água, e você que pode achar que sabe tudo, não saberá mais de nada.
Eu estava tão errada, achando que aquilo que eu queria necessariamente deveria se realizar; eu estava repleta de conceitos imaturos, e me irritava quando as coisas não iam conforme eles, mas não notava que havia um problema ali. Eu era tão mimada.
Sei que pareço tão emocionalmente fria, mas lhe digo apenas “quem me dera ser fria.” Eu definitivamente não sou. E se não consigo demonstrar ao certo o que sinto, não é por mal. Mas o fato de não conseguir deixar isso explícito, não significa que eu não sinta; por favor, entenda.
Eu estava com minha “cerca - elétrica” ligada no máximo, e acabei dando um choque em todos. Não só no que me era ruim, como deveria, mas no que me poderia ser bom também. Mas a cerca não irá mais me atrapalhar. Está no mínimo agora.
Eu sei que sou tão calculista, tão de palavras e tão de definições; eu não consigo apenas sonhar e deixar o resto subentendido, nem consigo entender ao certo subentendidos. Eu preciso de uma pessoa que me explique as coisas, da forma mais clara possível, mais direta possível. Desculpe-me, mas de nada irá adiantar se você não for direto comigo.
Eu estou tão melhor agora, a partir do momento que comecei a aceitar tudo que poderia me fazer crescer; tudo que começou a me fazer bem. E eu ainda me sinto vazia, eu estou vazia, mas... Vale a pena deixar que este espaço seja preenchido? Ao mesmo tempo em que quero, eu fujo. Nem eu me entendo, e lamento por isso. Do jeito que as coisas estão, posso até dizer que “quem me dera eu conseguisse ler minha própria mente”. Porque eu não me entendo. Ou talvez ninguém tenha as medidas certas pra preencher esse espaço, quem sabe...
Eu não quero complicar sua vida, eu não quero vir cheia de regras, ser “semi-projetada”. E como eu já disse, tudo pode mudar, você também pode mudar. E que assim seja, espero. Não busque uma rosa no meio de um deserto, pois... E se você não achar? Eu não quero ser culpada por algo que já avisei.
Eu destruí muita coisa, eu nocauteei muitas pessoas, e as estradas que ficaram para trás estão todas aos pedaços. Eu posso me desculpar, mas eu sei que isso não repara o estrago. Porém, em todo o momento que eu puder, estarei florindo e cuidando das estradas por onde caminho agora. E se quiser me achar, eu estarei lá, no meio das flores. Só não espere que eu volte o caminho... Se eu voltasse, não seria eu.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Não há mais.

Não há mais quem olhe para uma garota e deseje apenas aquela, quem converse, entenda, ajude e compreenda, ao invés de brigar e se revoltar, quem pense no outro, quem pare de se preocupar só com si mesmo e ceda um pouco de espaço e atenção para a pessoa amada. Não há mais alguém que lhe ceda um casaco em um dia frio, que lhe enxugue as lágrimas quando elas teimam em cair, que busque suas mãos em momentos inesperados, que sussurre segredos só para você ouvir e saber. Não há mais quem olhe nos seus olhos, quem lhe traga uma carta de amor ou uma flor roubada qualquer, quem sonhe ao seu lado e quem lhe faça voar nos projetos de amor, mesmo existindo o risco de despencarem lá do alto. Não há mais quem lhe diga uma palavra doce, quem fique feliz apenas em estar ao seu lado, quem lhe prepare uma surpresa e quem diga um eu te amo inesperado, em um momento nada a ver. Não há mais quem lhe chame pra um parque, quem lhe ensine a andar de skate ou bicicleta, quem lhe ajude a levantar quando você cair, e que diga que seu ferimento é nojento mas que vai ali comprar metiolati(o seja lá como se escreve HASUHAS) e cuidar de você. Não há mais quem consiga rir da sua cara sem faltar com o respeito, não há mais quem lhe beije pelo menos uma vez sequer só com o sentimento mais puro, não há mais quem lhe abrace, lhe aperte e lhe exprema até você ficar sem ar. Não há mais quem lhe encha de beijinhos, quem suba em um palco e grite inesperadamente no meio de todo mundo que você é quem o faz feliz. Não há mais quem lhe gire segurando-a com um braço e dê aquele beijo de cinema, quem conte uma piada besta quando você não consegue sorrir, quem lhe pisque o olho e diga ‘estou te seduzindo –q’, quem lhe chame de um apelido que é só seu, exclusivo, só pra você. Não há mais quem lhe faça um presente ao invés de comprar, quem lhe escreva uma música e a cante para vocês, quem lhe obriga a comer uma comida talvez até muito ruim, mas que foi feita de coração. Não há mais quem tire fotos mongóis com você, quem lhe passe aquelas cantadas de pedreiro só pra te fazer rir, quem lhe dá alguma coisa, nem que seja uma pedra ou sei lá, e diz ‘isso vai ser nosso tesouro agora’, porque aí seja o que for terá todo o significado do mundo. Não há mais quem se lembre todas as vezes que meses são completados, quem saiba descrever o primeiro beijo dado entre os dois, quem lhe ponha nas costas e saia correndo pra te fazer ter medo de cair, mas que na verdade vai estar lá pra te segurar. Não há mais quem te ensine a nadar caso você não saiba, quem grude em você como um koala quando alguém que provoque ciúmes aparecer, quem lhe faça se divertir com vários amigos, quem lhe roube um beijo e quem lhe roube o coração. Não há mais quem lhe entenda apenas com um olhar, quem lhe faça chorar de rir, quem lhe tire para dançar mesmo sem saber, quem se arrisque em uma aventura com você. Não há mais quem tenha orgulho pleno em assumir um relacionamento, quem te convence a dominar o mundo junto a ele, quem te ache linda mesmo que você esteja assanhada, de pijama, com maquiagem borrada e esmalte descascando. Não há mais quem queira fazer amor com você ao invés de sexo, quem lhe conte seu dia com o mesmo prazer que uma criança conta quando ganha um brinquedo novo, quem lhe leve para lugares desconhecidos, quem invente um código ultra-secreto que só vocês sabem. Não há mais quem lhe beije em uma chuva mesmo se estiverem brigados, quem lhe embale que nem um bebê no colo lhe fazendo carinho, quem corra com você pra algum esconderijo secreto, quem esteja ali com você para o que der e vier. Não há mais quem lhe ame de verdade, sem banalizar a palavra amor.
Não há mais amor, acho que é isso.

Se houvesse, bem que eu queria. Bem que eu faria o mesmo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Olá pessoas! Er, eu não gosto desse blog, aliás, criei porque o clairdlune não tá funcionando; então digamos que há a possibilidade deste ser deletado amanhã, ou depois de anos, ou esquecido, ou tanto faz. Só sei que queria muito escrever e não podia, então criei outro logo pra acabar com essa agonia. (riminha tosca) Enfim, vamos lá...

- No date -
"Como posso definir com palavras? Sei que sinto algo e que é muito forte, mas não sei ao certo o que é. Não sei se é a parte mais egoísta de mim que pede por você, ou se é apenas a necessidade de me encontrar no reflexo dos seus olhos, encaixar em você minha metade que é sua e em mim sua metade que é minha. Não sei se sou a mais digna de receber o que tenho de você, porém me satisfaz; de uma forma tão grande e tão completa, que até me esqueço de separar a realidade das ilusões, e tudo se transforma em real para mim.
É estranho o modo como meu corpo arrepia e minha fala embrulha com a sua presença, talvez porque minha mente não consiga processar os meus movimentos e a imagem do seu rosto, seus olhos, sua boca; tudo ao mesmo tempo. É demais pra mim. Me sinto tão deslumbrada com o seu jeito, seu timbre de voz, o modo como me toca e movimenta as mãos; talvez até como uma criança em frente ao brinquedo do qual sempre sonhou. Mas não se preocupe, não quero brincar. E quem me dera querer, talvez se fosse apenas uma brincadeira eu não me sentiria tão vulnerável assim...
Sou tão azeda e você tão doce, que temo não conseguir lhe completar assim como faz comigo; sou tão desconfiada e você tão ingênuo, que chego a querer lhe pedir um pouco dessa ingenuidade também; sou tão desastrada e você tão perfeito, que, eu não sei onde enfiar a cara quando levo aquelas freqüentes quedas na sua frente, principalmente em escadas. E quando você me salva, meu coração palpita tão descompassado que penso que ele vai sumir, sinto-me angustiada. Uma boa angústia.
Eu sinto que é certo, eu sinto que é errado, que é bom, que é ruim, que é tudo ao mesmo tempo. Imagine tudo em um sentimento só, de uma vez, direto, do nada, pá! Pronto, é isso. E se ainda assim parece pouco, afirmo que muitas vezes já moveu meu mundo. Ou parou meu mundo em movimento...
Resumindo, não sei bem do que se trata, mas se é amor... eu amo; e muito!"
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só pra constar; não, não estou apaixonada, nem namorando, nem mimimi. E SIM, tenho mais inspiração quando estou sozinha; é estranho mas é fato. [: